domingo, 13 de fevereiro de 2011

Lançamento em breve.



no prelo...



Poesia
Ana Sú
quando a poesia chega
eu penso diferente
sou menina
e os meus cabelos são dourados,
o sorriso é livre
os olhos brilham, o rosto é corado
pelo sol de cada manhã...
quando o verso aparece
eu ainda sou jovem
e as esperanças existem
a vida ainda é uma longa caminhada
e eu sonho com dias diferentes...
quando me envolvo nas palavras de uma estrofe
consigo ser mulher madura
mas cheia de desejos
e posso olhar a vida nua...
sem poesia eu me calo, me aborreço
não sou trilha, não sou relva, não sou chuva...
sou somente o trajeto do trabalho.
Agonia
Ana Barbara Neves
O tempo tem duas caras
Uma que leva, uma que traz
Eternamente instante
Sempre fugaz
O tempo, a cada momento.
Engana quem lhe quer mais
Controle desesperado
Arremedo de paz
O tempo, homem faceiro
Promete o que lhe compraz.
Vicia quando alegria
E em tédio se desfaz.
O tempo anda passando
Encontra desencontrando
Medida da morte
A vida
Cumprida agonizando.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Filmes que ví na semana:


Além da vida

Direção de Clint Eastwood, com Matt Damon e Cécile De France. Eu gostei pela delicadeza com que são tratados temas como amizade, fé e sofrimento diante das perdas inerentes à vida. Vale a pena ver.






Biutiful

Direção de Alejandro Gonzalez Iñárritu , com Javier Barden.

... ou vc ama ou odeia este filme...
eu amei

cenas fortes embasadas pelo trabalho fantástico de Javier Barden. Parafraseando James Hollis, autor junguiano, vc trafega pelos pantanais da alma nas imagens de dor e de total impotência das personagens diante das situações que a trama ressalta.
Eu não tenho conhecimento de cinema que me autorize a fazer comentários técnicos sobre filmes, porém partindo da minha paixão por esta arte, ouso dizer que é um filme que não deve deixar de ser visto.


Tetro





Direção: Coppola, com Vincent Gallo, Alden Ehrenreich e Maribel Verdú.


Quase não ia ao cinema ontem, sábado, entretanto meu genro e minha filha insistiram e eu acabei indo... que filme! Achei que depois de Biutiful demoraria para ver outro filme que, ao término, me deixasse respirando fundo e sem conseguir de cara levantar da cadeira do cinema.
Tetro fala de amor, ódio, ressentimento, vaidade, dor, loucura, redenção... e muito mais... A fotografia é linda, as cores, o jogo de luz, a música. Não dá para assistir e logo voltar para casa, tem-se que sentar, conversar, tomar uma taça de vinho, refletir e então, quem sabe, poder dormir.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

A siesta - V. Gogh


Canção da escuta
Lya Luft


O sonho na prateleira
me olha com seu ar
de boneco quebrado.
Passo diante dele muitas vezes
e sorrimos um para o outro,
cúmplices de nossos desastres cotidianos.
Mas quando o pego no colo
(como as bonecas tão antigamente)
para avaliar se tem conserto
ou se ficará para sempre como está,
sinto sem estranheza
que dentro dele ainda bate
um pequeno tambor obstinado
e marca - timidamente -
um doce ritmo nos meus passos